Distintivo da FEB
DISTINTIVO DA
FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB)
O Distintivo da Força Expedicionária Brasileira (FEB) remete ao lema “A cobra está fumando!”, que é uma referência ao que se dizia à época da Segunda Guerra Mundial, pois, segundo o imaginário popular, “seria mais fácil uma cobra fumar, do que o Brasil participar do conflito na Europa”. Tal símbolo tornou-se uma marca registrada da FEB, favorecendo a identidade nacional para uma respeitável projeção internacional, lastreada pelo relevante papel desempenhado pelo Brasil na defesa dos ideais de liberdade e de democracia nos campos de batalha da Itália.
Os distintivos originais foram confeccionados, na Itália, por bordadeiras locais, motivo pelo qual possuem versões com pequenas diferenças entre si. O modelo adotado pelo EB, e que consta do Regulamento de Uniformes do Exército (RUE), foi copiado de diplomas de medalhas assinados pelo próprio Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da FEB. O distintivo está presente no Regulamento de Uniformes do Pessoal do Exército, de 1960, que reproduzia o Aviso nº 484, de 11 JUL 1949, com suas características. O uso de tal distintivo no uniforme foi direcionado aos ex-combatentes da FEB e a determinados Uniformes Históricos.
Assim, estabelece o RUE em sua edição atual:
“IV - Distintivo da Força Expedicionária Brasileira. a) descrição: compõe-se de um escudo de forma quadrangular com os vértices cortados, de 60 mm de comprimento por 50 mm de largura, bordadura vermelha, campo amarelo e, em chefe, o dístico ‘BRASIL’ na cor branca em campo azul. No centro, uma cobra verde, fumando um cachimbo vermelho com chama branca. Os bordados são em linha 100% poliéster 120; e b) uso: no terço superior da manga direita da túnica dos uniformes 3º, 4º, ou 5º e do blusão dos 6º uniformes, 40 mm abaixo da costura.”
Observa-se que, nas encenações realizadas para rememorar os feitos da FEB, entusiastas civis se vestem como pracinhas e, por vezes, utilizam distintivos ligeiramente diferentes do previsto no RUE. Mas esta situação é compreensível e aceitável, pois os próprios FEBianos usavam distintivos similares, mas não idênticos.
Já para os militares (da ativa ou da reserva autorizados) usando estes distintivos, em uniformes da atualidade, ou em Uniformes Históricos, o modelo a ser aplicado deverá ser este previsto no RUE.
O próprio lema “A cobra está fumando!” também tem outras versões que foram veiculadas: “A cobra vai fumar!”, “A cobra fumou!”, mas foi escolhido este tempo verbal, pois esta conjugação reforça a idéia que o Exército permanece diuturnamente apto para cumprir suas missões constitucionais.
Soldado Francisco de Paula carregando um obus 105mm com os dizeres
"A cobra está fumando...".
Frase comum da época:
“É mais fácil uma cobra fumar que o Brasil entrar na guerra!”.