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Afundamento dos Navios Mercantes Brasileiros, criação da Força Expedicionária Brasileira e suas Vitórias na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial (80 Anos).

Publicado: Quarta, 21 de Setembro de 2022, 15h45 | Última atualização em Sexta, 30 de Setembro de 2022, 12h28 | Acessos: 224

Gda Honra ClarK

O Exército Brasileiro (EB) por meio do seu Departamento de Educação e Cultura (DECEx), de sua Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), e esta, por intermédio do seu Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHiMEx), presta justa e merecida homenagem à Força Expedicionária Brasileira (FEB), com este rol de eventos.

Oitenta anos se passaram da declaração de beligerância! E o nosso pracinha como combateu? Quais foram as conquistas alcançadas? É o que veremos nesta página.

O Brasil manteve-se neutro na 2ª Guerra Mundial até o momento em que submarinos alemães e italianos afundaram expressivo número de navios brasileiros em nossa costa, ceifando covardemente a vida de centenas de compatriotas.

O chefe da Nação, respeitando os compromissos internacionais e apoiado pela vontade popular, para desagravar as covardes agressões à nossa soberania, declarou estado de beligerância à Alemanha e à Itália, em 22 de agosto de 1942e declarou guerra às Forças do Eixo no dia 31 daquele mês.

A FEB foi criada em 09 de agosto de 1943 e, em 28 de dezembro do mesmo ano, o General de Divisão João Baptista Mascarenhas de Moraes foi nomeado para comandá-la. Ela atravessou o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo e combateu ininterruptamente durante 239 dias o nazifascismo, percorreu mais de 400 Km, libertou dezenas de vilas e cidades italianas, e, ainda, aprisionou mais de 20 mil inimigos durante a campanha do Brasil na Itália, na 2ª Guerra Mundial.

A Força Expedicionária Brasileira, composta pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária e por Órgãos Não Divisionários, foi constituída por compatriotas de todos os rincões do País, para atuar na Itália, no vale do rio Serchio, nas montanhas dos Apeninos (rio Reno e Arno) e no vale do rio Pó, de julho de 1944 até maio de 1945, juntamente com as tropas do IV Corpo de Exército sob as ordens do Gen Willis Crittenberger, subordinadas ao V Exército norte-americano, comandadas pelo Gen Mark Clark e enquadradas pelo XV Grupo de Exércitos sob o comandado do Mal Sir Harold Alexander.

Embarcaram e cruzaram o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo rumo à Itália, cerca de vinte e cinco mil soldados em cinco escalões. Em 2 de julho de 1944, as tropas brasileiras seguiram para o Continente Europeu a bordo do navio “Gen W. A. Mann”, desembarcaram na cidade italiana de Nápoles, em 16 de julho de 1944, a fim de iniciar as operações de combate contra os alemães e libertar o povo italiano do nazifascismo, caracterizando desta forma a “Operação de Desembarque”.

Foram convocados 28 capelães militares, sendo 2 pastores, e por via aérea foram transportados 111 militares, dentre os quais 67 enfermeiras.

A fim de dar prosseguimento às ações de preparação da tropa para o combate, foram utilizados os meios de transporte marítimo, rodoviário e ferroviário para o deslocamento dos pracinhas, passando pelas cidades de Tarquínia (recebimento de material bélico), Vada (1º treinamento), Livorno e Pisa, acampando em San Rossore (QG 1ª DIE).

Os Postos de Comando (PC) da Divisão Brasileira foram estabelecidos nas seguintes localidades: Bagnoli (Norte de Nápoles) - 16 de julho de 1944; Tarquínia (Norte de Roma) – 1º de agosto de 1944; Vada (S de Livorno) – 19 de agosto de 1944; San Rossore (Norte de Pisa) – 16 de setembro de 1944; Quiesa – 18 de outubro de 1944; Ponte a Moriano – 28 de outubro de 1944 (7 Km ao Norte de Lucca); Porreta Terme – 2 de novembro de 1944; C. Grotti – 22 de abril de 1945 (2 Km ao Norte de Zocca); Vignola – 24 de abril de 1945; Motecchio Emília – 26 de abril de 1945; e Alessandria (Liceu Giovani Plana) – 02 de maio de 1945.

Fig 115b MONTESE color

Com o desembarque na Itália, a FEB assegurou a condição histórica de ser a primeira e única tropa sul-americana a deixar o seu continente para combater na Europa, em defesa da liberdade do povo italiano.

Passados 80 anos de tão gloriosos feitos, é imprescindível que não nos esqueçamos do legado a nós deixado por aqueles que empenharam suas vidas para assegurar o bem da humanidade e da democracia. Ao povo brasileiro fica a certeza de que os militares do seu Exército estarão sempre prontos para cumprir o chamado da Pátria, para defender seu chão e a sua soberania, com o sacrifício da própria vida, conforme juramento prestado ao ingressar nas Forças Armadas.

Fig 123a Vtr Art Trnp

 

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