Dia da Cavalaria
Desde as origens do Exército Brasileiro, na épica Batalha dos Guararapes, destacaram-se vultos históricos que mercê de seus atributos serviram de exemplo e cuja memória é perpetuada pela Força Terrestre.
Hoje o Papo de Caserna vai retratar MANUEL LUIS OSORIO, O MARQUÊS DE HERVAL, PATRONO DA ARMA DE CAVALARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO.
Manuel Luis Osorio nasceu em Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Osório, Rio Grande do Sul, no dia 10 de maio de 1808.
Ingressou no Exército aos 14 anos e com 17 anos incompletos já era alferes.
Participou de todas as batalhas ocorridas no sul do continente, desde a Batalha de Sarandi, na guerra da província Cisplatina, em 1825, na qual já se distinguiu por habilidade e bravura.
Lutou ainda em Passo do Rosário (1828), na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na batalha de Monte Caseros (1852).
Em 1856, tornou-se general e, nove anos depois, marechal-de-campo, depois de ter organizado, no Rio Grande do Sul, o Exército brasileiro que participou da guerra do Paraguai (1865-1870).
Comandou as tropas brasileiras que invadiram esse país, em 16 de abril de 1866. Em maio, planejou a estratégia que permitiu ao Brasil vencer a Batalha de Tuiuti, a maior do conflito.
Foi agraciado pelo imperador Do Pedro II com o título de Barão e depois Marquês do Erval.
Em 1867, já sob o comando de Caxias, Osorio retornou aos campos do Paraguai e mais uma vez demonstrou competência, conquistando a fortaleza de Humaitá e vencendo a Batalha do Avaí.
Osorio era um homem simples, nada aristocrático, que se dava bem com os soldados e, assim como eles, estava sempre pronto para entrar em ação.
Sua frase mais famosa fez parte de sua Ordem do Dia, em 1866, na Guerra do Paraguai: “SOLDADOS! É FÁCIL A MISSÃO DE COMANDAR HOMENS LIVRES; BASTA MOSTRAR-LHES O CAMINHO DO DEVER”.
O general foi casado com Francisca Fagundes, filha e com ela teve quatro filhos.
Sete anos depois do fim da guerra, foi chamado pelo imperador a ocupar uma cadeira no senado e promovido ao posto de marechal-de-exército.
Em 1878, foi nomeado ministro da guerra, com a ascenção do Partido Liberal ao poder. Permaneceu no cargo até a morte.
Contam os historiadores da época que, certa vez, despachando juntamente com outros ministros diante do imperador, percebeu que Dom Pedro II cochilava, sem dar atenção ao que eles diziam.
Aborrecido, Osorio deixou cair estrondosamente seu sabre ao chão. Abruptamente despertado, o imperador o admoestou: "Acredito que o senhor não deixava cair suas armas quando estava no Paraguai, marechal".
"Não, majestade", respondeu Osório, "mesmo porque lá nós não cochilávamos em serviço..."
O Gen faleceu no Rio de Janeiro, acometido por uma pneumonia, no dia 4 de outubro de 1879.
No dia 10 de maio, dia do nascimento do Marechal Manoel Luis Osorio, o Exército Brasileiro comemora o Dia da Arma de Cavalaria.
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Até o nosso próximo Papo de Caserna!
Link de acesso: https://youtu.be/E9EikiUYq80
