DPHCEx parabeniza militares músicos pelo Dia do Músico

A Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército parabeniza os militares músicos pelo Dia do Músico, celebrado nesta quarta-feira, dia 22 de novembro. Ressaltamos a importância dessa profissão tão magnífica e solene para a propagação da cultura e da memória brasileira.

ALUSIVO: DIA DO MÚSICO

A música, arte de manifestar os diversos sentimentos da alma através do som, é a ferramenta de inspiração que nossos notáveis músicos militares utilizam para engrandecer as atividades artísticas e as cerimônias comemorativas na caserna.

Em decorrência da solicitação do Diretório Acadêmico do Instituto Nacional de Música, o apoio do diretor e professores do mesmo instituto, das diversas associações musicais e de outros centros de cultura, o Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, resolveu instituir o Decreto nº 21.011, de 1º de fevereiro de 1932, que criou o “Dia da Música”. Em seu artigo único, o referido decreto estabelece o dia 22 de novembro como o “Dia da Música”, devendo ser comemorado pelas bandas de música militares e estabelecimentos de ensino oficial.

Tal prática, ainda hoje, faz parte da cultura das Bandas Militares brasileiras. No dia da música, enaltecemos os valorosos artistas que combinam sons com melodia, harmonia com beleza; e ritmo com perseverança, fascinando assim a humanidade, há milhares de anos.

Contudo, não podemos deixar de reconhecer a importância dos músicos, que contribuem, sobremaneira, para a manutenção da cultura militar por meio dessa incomparável e encantadora arte.

Da alvorada ao toque de silêncio, os músicos militares participam das atividades castrenses. Com a corneta ou o clarim, expressam, com fidelidade, a voz, as intenções e as ordens do comando.

Nas formaturas, retretas, concertos alusivos ou apresentações livres, nossos músicos bem representam o Exército, sendo assim um forte elo de ligação entre a tropa e a sociedade civil.

A força da música alcança seu propósito quando executada por profissionais conscientes, dedicados e amantes desse ofício, como são os nossos músicos militares.

Nesse contexto, vale salientar a importância de D. João VI, que em 1810, ainda na condição de Príncipe Regente, criou e organizou as bandas de música, militares, de forma oficial e profissional.

O Imperador Dom Pedro I, figura de reconhecida habilidade musical, também tem que ser exaltado, não apenas na execução de diversos instrumentos, mas também na área de composição. É de sua autoria a marcha militar utilizada como base melódica para a poesia de Evaristo da Veiga, que deu origem ao Hino em celebração à Independência do Brasil, executado até os dias de hoje em cerimônias oficiais.

Em conflitos bélicos, nossas corporações musicais fizeram-se presentes. Durante o século XIX, as formações e campo das tropas de Cavalaria e, principalmente, de Infantaria possuíam, em sua cerne tática, a atuação rítmica de repertório marcial que cadenciava a movimentação desses grupamentos em combate.

Em um dos episódios cadenciava a movimentação desses grupamentos em combate. Em um dos episódios marcantes de nossa História Militar, mais precisamente a 2ª Batalha do Tuiuti, o Tenente Felipe Nery de Barcelos, Inspetor Geral das Bandas de Música do 2º Corpo de Exército, e regente da Banda de Música do 42º Corpo de Voluntários da Pátria, conduzindo seu grupamento de músicos na formação de combate, sucumniu, em batalho, ao ser atingido por um projétil inimigo. Nesse período, as bandas eram um instrumento operacional de singular importância.

Já no século XX, a música militar deixa de possuir um emprego tático, decorrência natural da evolução tecnológica da guerra contemporânea, e se reveste de um caráter cerimonial, estimulando a solidificação do ethos militar na alma do combatente. Nesse novo cenário surge o Cap Franklin de Carvalho Júnior, regente da Banda de Música da FEB, que no Teatro de Operações a Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, desempenhou com literal maestria, a condução dos assuntos musicais tanto na área de entretenimento do contingente, quanto, e principalmente, a sublime missão de concitar o caráter de nossos expedicionários às ações patriotas do combate.

É evidente que as execuções de marchas, dobrados e cânticos de guerra pelas nossas bandas de música e fanfarras enchem a tropa de vibração nos desfiles, enaltecendo o mais puro e genuíno sentimento de patriotismo. E quanto ultrapassam os muros dos quartéis, sempre entusiasmam e encantam a sociedade que retribui com sorrisos, lágrimas e calorosos aplausos.

Vejam trechos da Canção do Exército:

“Nós somos a Pátria a guarda,

Fiéis soldados,

Por ela amados.

Nas cores de nossa farda.

Rebrilha a glória,

Fulge a vitória.

Em nosso valor se encerra,

Toda a esperança,

Que um povo alcança.

Quando altiva for a terra,

Rebrilha a glória,

Fulge a vitória.”

O que dizer dessa inspiradora Canção do Exército, escrita pelo Ten Cel Alberto Augusto Martins, se não fosse a belíssima música (melodia) composta pelo músico Teófilo de Magalhães?

Talento e dedicação são diferenciais que tornam nossos músicos tão especiais! O orgulho encontra guarida no nosso peito ao vermos passar uma Banda de Música, garbosamente, solidificando as tradições castrenses forjadas em nossos corações, e fortalecendo o sentido de amor, zelo e dedicação à Pátria.

Nada acontece sem uma trilha sonora produzida pelos nossos dedicados músicos.

Parabéns, músico militar neste Dia da Música!

A Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército parabeniza os militares músicos pelo #DiadoMúsico, celebrado nesta quarta-feira, dia 22 de novembro. Ressaltamos a importância dessa profissão tão magnífica e solene para a propagação da cultura e da memória brasileira.

Talento e dedicação são diferenciais que tornam esses profissionais tão especiais e incomportáveis. Nada acontece sem uma trilha sonora produzida pelo dom indescritível dos nossos músicos.

Parabéns, músico militar pelo seu dia! Que não falta sucesso e criatividade durante a sua jornada.